quinta-feira, 13 de agosto de 2015

"GRÉCIA PROMETE RESPEITAR PRIVATIZAÇÕES E EVITAR PROBLEMAS ORÇAMENTÁRIOS"

Por Matthias Sobolewski

BERLIM (Reuters) - A Grécia prometeu não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou finalizada e garantir que qualquer gasto estatal para lidar com uma "crise humanitária" não afete seu orçamento, de acordo com documento contendo os planos de reforma do país visto pela Reuters nesta terça-feira.

A lista de reformas visa a oferecer compromissos sobre pontos importantes como reformas trabalhistas e gastos sociais para satisfazer tanto os parceiros europeus que financiam o país quanto eleitores gregos que votaram num governo de esquerda para acabar com anos de austeridade.
A Grécia precisava apresentar seus planos como condição à extensão de seu programa de resgate por quatro meses num acordo acertado com parceiros da zona do euro na sexta-feira.
Sobre a questão dos salários mínimos, por exemplo, o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras recuou de promessas eleitorais de elevá-lo imediatamente. Em vez disso, disse que irá implementar gradativamente acordos coletivos com uma perspectiva de aumentar o salário mínimo com o tempo e que qualquer mudança será acertada com parceiros.

A Grécia disse também que vai reformar os salários do setor público de maneira que não reduza mais os salários, mas que garanta que a folha de pagamento do funcionalismo público não suba.
Atenas também se comprometeu a consolidar fundos de aposentadoria para fazer economias, e a eliminar brechas e incentivos para aposentadoria antecipada --num aparente esforço para encontrar um compromisso entre o objetivo do governo de evitar qualquer novo corte de aposentadoria como exigido anteriormente pelos inspetores da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Atenas enviou o documento de seis páginas aos credores da UE e do FMI no final da segunda-feira. Eles têm que aprovar os planos para abrir caminho à extensão de quatro meses.
Ministros das Finanças da zona do euro devem discutir o plano de reformas nesta terça-feira numa teleconferência, e a reação inicial ao plano tem sido positiva. Uma fonte próxima à Comissão Europeia disse nesta terça-feira que é um "ponto de partida válido" para conversas sobre o resgate.
A lista também inclui promessas de reformar a política tributária e revisar e controlar gastos em "todas as áreas" dos gastos estatais. Atenas também prometeu assegurar que seus bancos funcionem apoiados em princípios comerciais e bancários sólidos, num aparente esforço para mostrar que o governo não vai interferir em operações bancárias.

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